sábado, 13 de fevereiro de 2016

Sinnoh Dreams Capítulo #15 - VS. Magmortar

  O prédio começa a desabar. Pulo para o local aonde Peter e Zack estavam. Libero Charlie, meu Murkrow e pulo para fora. Peter e Zack vão em um Skarmory. O prédio explodia de dentro para fora, como se algum pokémon estivesse no topo destruindo o chão abaixo de si. E não era apenas uma teoria, um Ursaring fazia isso, quebrando o chão com Brick Break. Murkrow só deixava a queda mais lenta, ele não tinha força para voar comigo junto. Assim que coloco os pés no chão, abro a mão que segurava a perna de Murkrow e o retiro para a pokéball. Zack vai para um beco, e eu o sigo. Andamos até uma porta de ferro, aonde ele coloca uma chave e ela se abre. Era um lugar bem grande, com várias ferramentas, e algumas camas. Zack me ajuda a ir até a cama e depois pega um kit de primeiros socorros. Ele enfaixa meu braço, depois de perceber a profundidade do corte.

— Droga. — Ele diz. — Precisamos tirar esses cacos de vidro. — Ele diz. Pega um alicate e retira os cacos de vidro, tomando cuidado para não desobstruir algum vaso sanguíneo. Peter tentava observar tudo, mas não tinha estomago para aquilo.

   Depois de uma hora, eu estava todo enfaixado e com vários pontos, nos lugares atingidos pelos cacos de vidro. Resolvo dormir.


Respostas.




   Acordo no dia seguinte com o cheiro de ovos e bacon, era Zack, que cozinhava um café da manhã no fogão. Passo pelo corredor que ligava a sala de camas para o resto do "bunker". Peter ainda dormia. Me sento na mesa. Zack coloca os pratos na mesa.



Começo a pegar coisas pro meu prato, mas percebo que Zack não fazia o mesmo. ele estava com as mãos juntas, como se agradecesse. Resolvo respeitá-lo e faço o mesmo.

— Certo. Você deve querer respostas.  Ele diz, entrelaçando os dedos.

— Sim.  Olho para baixo e lembro do meu braço, que estava enfaixado.  Primeiro, aonde estamos? Segundo, quem é você?

— Estamos em um Bunker construído por mim. Nesse momento os piores vilões conhecidos estão nos procurando.

— Por quê?! 

— Bem... 70% minha culpa. Eu roubei uma coisa deles. 

— Então você é o ladrão! Eu sabia! 

— Não se ache tão esperto, Barry Diamond. 

— Hmpf. Então eu estou preso com um ladrão que sequestrou um garoto. Muito bom. 

— Esse é o lado ruim. O lado bom é que você está seguro comigo, vamos viajar procurando o treinador certo para ficar com isso.  Ele retira uma pedra da mochila. 


— Essa pedra dá o poder de controlar as evoluções do Eevee, se um Eevee entrar em contato com ela, poderá evoluir para qualquer forma que quiser e quando quiser. Um Flareon pode se tornar um Jolteon só com o pensamento do Eevee, e em mãos erradas seria extremamente destrutivo. Roubei do centro de operações da Team Plasma e...  Ele é interrompido por uma explosão, que vinha detrás da porta no topo das escadas. Então as dobraduras são arrancadas e a porta pesada de ferro é explodida para dentro, fazendo ela cair próxima da mesa. Zack se levanta e joga uma pokébola para cima, liberando um pokémon que nunca tinha visto.


A pokédex não continha dados sobre ele. Peter chega no recinto e vê a porta jogada e a mulher descendo as escadas. Zack tinha congelado no lugar. Ele não se movia, só olhava fixamente para a mulher de cabelos laranja que estava junto com um Magmortar. Nesse momento, inconvenientemente, o ovo em minha mochila começa a brilhar. Eu nem lembrava que ele estava lá. Um pokémon com uma folha na cabeça aparece no lugar do ovo, ele olha para Peter e pula em seu ombro. 
  O pokémon com garras de metal tentava proteger seu treinador dos incessantes ataques com fogo produzidos pelo Magmortar, enquanto isso Peter ia para atrás das escadas, até uma passagem secreta e a abre digitando um código. Vou junto com ele, Louis ao meu lado.

   Saímos em outro prédio. Peter rapidamente vai fechar as cortinas, e não acende nenhuma luz.

— Ele vai chegar logo, eu espero.  Peter diz. Ele não era tão seguro quanto parecia. Seu Totodile brincava com o Chikorita que saiu do meu ovo, mas ele parecia que nem tinha percebido. Jogo a mochila no chão e coloco minha cabeça sobre ela. Meu braço começa a doer novamente. Eu tento ignorar. Lembro de ter pego algumas coisas da mesa do café da manhã, então coloco minha mão esquerda dentro do bolso e retiro uma sacola.  Pego dois lenços da mochila e estendo no chão. Coloco as três torradas e os dois ovos com bacon em cima dos lenços e digo:

— O Café está na mesa.  Peter "volta para a realidade" e puxa um lenço para perto de si. Comemos. Zack chega logo depois de terminarmos de comer. Na verdade ele não chega, seu pokémon com garras de ferro o carregava.

— Precisam fugir. Achem a pessoa certa. Confio em vocês dois para continuarem meu legado, vão e me deixem para morrer!  Ele diz, sendo muito dramático.

— Ehr... você só está com uma queimadura no braço, vai sobreviver...  Peter diz.

— Hmpf. Eu sabia. Vamos logo, antes que ela nos ache novamente. O Tetsui esta curado, mas desta vez eu vou com o Kyo.  Ele diz. Subimos as escadas e agora estávamos no topo do prédio. Ele libera Metagross e Skarmory, retirando o pokémon de garras de metal de volta para as pokéballs. 

   Subo no Metagross, e ele começa a levitar, seguindo o Skarmory. Não tivemos interrupções no vôo, o que me fez pensar no quanto minha vida tinha mudado. Ontem eu estava em um torneio prestes a ganhar minha terceira insígnia e logo em seguida a quarta, e agora estava em um Metagross seguindo um cara que roubou uma pedra de uma organização maléfica junto com um garoto sequestrado. O frio começa a nos acertar. Passamos a tarde toda voando procurando algo que nem sabia o que era. Talvez tivessemos encontrado, Zack desce com o Skarmory para dentro de um tipo de neblina, indo reto. Sem medo de bater. Estávamos atrás, por isso não sentia medo.

   

Era uma vila, ela não estava bem localizada, sendo que estava oculta pela neve e pelas montanhas. Pousamos. Seguimos Zack até um prédio grande, o maior da vila. Ele adentra chutando a porta e caindo para dentro, afinal estava muito frio, e ele não tinha roupas de frio. A mulher de cabelos brancos olhava para ele, sentada em uma poltrona reclinável e tomando um chocolate quente ao lado de seu Mamoswine.

— Acha que pode entrar aqui depois do que fez?  Ela diz, perdendo um pouco a voz

— Já pedi desculpas por aquilo. Acha que eu viria aqui se não fosse necessário?  Zack diz. A mulher se acalma.

— Trouxe convidados.  Ela diz, calma.

— Sim. Esses são Peter Quill e Barry Diamond.  Ele aponta para Peter e eu, respectivamente.

— Olá.  Ela levanta a mão.  Sou Bertha. Vivo neste local para treinar e proteger pessoas e pokémon que merecem a localização. Apenas grandes treinadores conhecem esse local. Espera, Barry Diamond? 

— Sim, é meu nome...  Digo.

— Seu pai... Eu o conheço.


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CONTINUA.
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